Levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) em 3.950 (71%) das 5.563 prefeituras do país indica que o uso de crack ou outras drogas atinge quase todos. Segundo o estudo, 98% das administrações municipais pesquisadas informaram que apresentam problemas com a circulação ou o consumo de drogas, especialmente relacionados ao uso de crack. Os números ainda revelam que só 14,78% dos municípios pesquisados (584) possuem Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), unidades especializadas no tratamento dos dependentes.
A Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), órgão ligado à Presidência da República, classificou os dados da CNM como especulação.
A confederação acusou o governo de negligenciar as ações locais e informou que nenhum prefeito recebeu o dinheiro do Plano Nacional de Enfrentamento ao Crack, lançado pelo presidente Lula em maio.
Segundo o o presidente da CNM, Paulo Ziulkosky, os maiores prejudicados seriam os municípios com menos de 20 mil habitantes, que estariam excluídos das ações relacionadas ao plano.
— Não há política organizada no país. Não há estratégia de enfrentamento. Isso (o plano) não existe. Tudo é no papel — afirmou Ziulkosky.
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